terça-feira, 27 de outubro de 2020

Its a trap!

Todos sabem que a curiosidade é combustível chave para a evolução humana, né? O que talvez alguns não saibam é que essa mesma curiosidade pode ser também peça fundamental para algumas histórias hilárias. E eis uma vivenciada por mim, rei delas. Das furadas...
Época de festa junina, estava num período meio "largado" da vida, aceitando tudo que era rolé (no Rio é "rolé". Rolê é outro rolé). E tinha um camarada meu, que vou docemente chama-lo aqui de Pombo (automaticamente ele vai se reconhecer nesse texto). Pombo é um amigo de longa data da época de Mauá, perito em festas inesquecíveis rs. E me chamou pra uma dessas, num sítio bem afastado, no interior de Campo Grande, bairro localizado na Zona Oeste do RJ. Tudo certo, compramos as bebidas e partimos pra festa. Sempre que eu ia nesses rolés do Pombo a imprevisibilidade era um fator crucial no dia, salvo raras exceções. Porém desta vez a festa estava estranhamente monótona. Conversei com alguns conhecidos, revi alguns outros e tudo certo. Chegou certa hora da madrugada, meu corpitcho e mentalidade de um senhor de 78 aninhos pediu um descanso e decidi tirar um cochilo dentro do carro. Quando me chega na janela da frente like a fantasma, Sprite batendo no vidro e falando com certa emoção na voz "véi, tão transando atrás da casa!" Na hora o sono foi tamanho que pensei "Ah cara, normal"...mas o olhar de Sprite conotava algo de diferente no que ele havia me relatado. "Vamo lá, cara, tu tem que ver isso!". De novo eu pensei "mano, pq!? Duas pessoas transando, e daí?". Foi quando ele me solta "Eles tão transando NO MATO atrás da casa!". O fator desconhecido "mato" foi o que ativou a chavinha "tenho que ver essa porra, né?". Saí do carro e reparei que já tinha um esquadrão da Swat em formação de fila indiana pronto pra invadir o local do coito alheio apenas para espionar os amantes rurais. Como ainda tava com sono, fui o ultimo da fila e começamos a investida com Pombo liderando o esquadrão ."HOP", marchamos rumo ao desconhecido. Escuridão total. Matagal infinito atrás da casa, quando de repente, bem ao fundo, um gemidinho estilo tartaruga, sabe? Coloca no google aí "tartaruga transando". Era esse som que ouvimos. Alguém do grupo, no AUGE da maturidade que nossos 19/20 anos permitia, deu uma risadinha. Revelando aos, já ofegantes matinho lovers, nossa estratégia voyer! E aí começou uma parada que por muito tempo eu pensei "POR QUE FIZEMOS ISSO?!" Começamos a correr, mas correr MUITO como se alguém tivesse visto um Lobisomem, ou o Chupa cabra, sei lá...e na real, era apenas um casal em ato coital! O que poderia acontecer de pior? O cara correr atrás da gente fazendo pirocóptero? Enfim, amigos, corremos! E como minha visão nunca se deu muito bem com a escuridão, no meio do caminho havia uma cerca que protegia algum tipo de futura árvore, do qual, coberto pela adrenalina, atropelei dando uma cambalhota no melhor estilo Optimus Prime virando o caminhão. Só que no meu caso, continuei só me arrastando mesmo pra não ficar sozinho com o casal que já observava a cena pitoresca e provavelmente mais vergonhosa que o próprio ato que cometiam antes.
Saí de lá com a camisa rasgada, mas rindo de perder o ar, principalmente pela dúvida na cabeça de que "por que diabos, corremos?!".
Enfim, ficamos até de manhã conversando, alguns dormindo, outros bebendo. Foi uma festa inesquecível, Pombo! Obrigado por me convidar!
Ah, e o casal? Bom, saíram lá de trás da casa como se nada de mais tivesse acontecido. De fato, nada demais aconteceu, a não ser um bando de zé ruela curioso e imaturo que foi empatar a foda alheia...rs.
Comenta aí embaixo alguma situação onde a curiosidade levou vocês a casos extremos!
Abraço, amigos!

Nenhum comentário:

Postar um comentário